A manhã deste domingo (5) atraiu olhares curiosos na orla da praia do Laranjal próximo ao trapiche. O Movimento Nación Pachamama, criado em 2006, junto com movimentos sociais e ambientalistas realizam a 1ª Pororoca da Nação das Águas. O objetivo é conscientizar a sociedade sobre a importância dos cuidados com as águas. A mobilização nacional ocorre simultaneamente em mais de 30 cidades brasileiras e relembra o rompimento da barragem da Samarco que destruiu três distritos da cidade de Mariana em Minas Gerais. O maior desastre ambiental do país. E também o dia nacional da Cultura.

Em Pelotas a programação começou às 10h, com aula de yoga às margens da Lagoa dos Patos. A ideia é se conectar com o fluxo de nossas águas sagradas. As atividades continuam até as 22h, com projeção de filme e  roda de conversa que discute os rios como sujeitos de direito - o direito à vida. Na região o grupo tem grande preocupação com o rio Camaquã, que tem exploração mineral ao longo de seu curso. Outras cidades vizinhas também sediam o evento como: Arroio Grande, Bagé, Rio Grande e Canguçu - que já realizou a mobilização no último dia 31.

Para uma das coordenadoras do movimento Pachamama, Sonia Motoyama, os rios precisam ser mais preservados. "Não dá mais. Precisamos tornar as águas e rios como sujeitos de direito e  criar políticas públicas para defender a vida de nossas nascentes". Ainda segundo Sonia, os povos ribeirinhos precisam se unir em defesa dos rios Amazonas, São Francisco, Rio Doce, Rio do Sinos e o Camaquã entre outros importantes mananciais e aquíferos.